Permafrost relata em uma perspectiva interna a visão de mundo de Tales, um jovem e pobre brasileiro. Suas frustrações são expressadas ao longo da história conforme as mesmices e chateações comuns do cotidiano, levando então à uma epifania e uma perspectiva surreal, individualista e messiânica de toda a realidade. Isto traria Tales à sua jornada de vida: o abandono final da civilização humana para se encontrar com seu destino - aquele que Deus o reservou - no longínquo Ártico, balanceando assim a existência aparentemente perpétua do Brasil e das brasilidades no seu entorno com a recente e vindoura chegada de um novo mundo, inumano e alheio à toda sua anterior vida.