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Pornotopias Conjugais

Pornotopias Conjugais

Sinopse

Nos primeiros anos de 1970 surgiram, nos jornais do Rio de Janeiro, anúncios de casais buscando parceiros para uma nova prática sexual até aquele momento inédita no Brasil: o swing ou troca de casais. A originalidade de seu comportamento chamou a atenção da mídia em geral, e das revistas masculinas em particular: quem eram os seus praticantes e de que maneira aliavam a troca de parceiros com a instituição do casamento? O debate centrou-se no questionamento dos papeis sociais de homens e mulheres no sexo conjugal e nos limites que existiriam na exploração de novas fantasias sexuais para a manutenção do casamento. Dois discursos principais parecem emergir deste debate: um justificador, atribuído aos casais praticantes, de que sua prática servia como um reforço à instituição do casamento e prevenia o adultério; e um discurso condenatório, em que os casais são acusados de ofender a instituição do matrimônio e o marido de prostituir a esposa. Tendo como recorte temporal o período em que o debate foi mais significativo (1969 a 1983) e que, por sua vez, coincide com o que se poderia denominar de revolução sexual brasileira, esta dissertação de mestrado em História analisa as representações sociais de gênero presentes nas revistas masculinas – particularmente, Ele Ela, Peteca e Playboy – nos debates sobre o swing, e como determinadas representações foram utilizadas para se opor ou defender a prática.